Você sabe o que é Web 3? Entenda que a história é dividida em períodos, e cada um desses intervalos possui suas peculiaridades. A Internet também funciona de maneira semelhante.
No seu início, a rede mundial de computadores era estática. Depois, se tornou um grande palco virtual, para interação entre os usuários. Atualmente, passa por uma nova reformulação.
Esse novo capítulo da história digital ganhou o nome de Web 3.0, Web3 ou “web semântica”. Continue a leitura para entender o que essa revolução digital significa e qual a relação dela com os criptoativos.
O que é Web 3?
Primeiramente, entenda que a Web 3.0 se refere a uma nova era da Internet: mais descentralizada, menos dependente de big techs e capaz de dar aos usuários o controle sobre seus próprios dados.
Trazendo o conceito para a prática, trata-se de uma web com código aberto. Ou seja, sem tantos ou nenhum intermediário mediando as conversas dos usuários; com dinheiro eletrônico não controlado pelo Estado; e serviços financeiros antes só ofertados por bancos. Porém, assim como o metaverso, a Web 3.0 ainda está em construção.
Quais são as diferenças em relação à Web 2.0?
Para entender exatamente o que muda na Web 3.0, precisamos olhar para as outras eras da Internet.
Web 1.0: A Web 1.0 teve início no final da década de 80 e durou até 2000. Um dos seus principais marcos foi a criação do World Wide Web (WWW), sistema de documentos que dá aos usuários acesso a conteúdo multimídia. Seu criador foi o físico e cientista da computação Tim Berners-Lee.
Lembrando que, durante essa fase, as páginas eram estáticas, e tinham muito texto e poucas imagens. Além disso, a maioria dos sites pertenciam a veículos de imprensa, e a internet parecia mais com a TV e o Rádio. Por fim, grandes empresas de tecnologias foram criadas nessa época para “organizar” o conteúdo publicado, como Google e Yahoo.
Web 2.0: A partir dos anos 2000, começou a surgir uma Internet mais interativa. Foi então que empresas de tecnologia lançaram as primeiras plataformas para conversação e publicação de conteúdo. Aplicativos de bate-papo, como MSN e mIRC, blogs e redes sociais se popularizaram. Nasceram nessa época, o Orkut, Facebook, Twitter e YouTube. Outro ponto importante é que a Web 2.0, que dura até hoje, levou bilhões de usuários para dentro da Internet.
Entretanto, também marcou a monopolização da rede mundial de computadores. Isso porque os principais serviços, como buscadores e plataformas de mídias sociais, ficaram nas mãos dos grandes conglomerados de tecnologia. E os dados dos próprios usuários viraram moeda, algumas vezes sem eles saberem.
Web 3.0: O grande objetivo da Web 3.0 é descentralizar a internet. Aqui a ideia é unir o que tem de melhor na Web 1.0 e 2.0, e remover o controle da rede das big techs.
Lembrando que essa nova era digital está sendo construída aos poucos com ajuda de tecnologias inovadoras, principalmente a blockchain e as criptomoedas, que dispensam os validadores tradicionais de confiança (empresas, governos, entre outros).
Qual a relação entre Web 3 e criptoativos?
Saiba que a Web 3.0 tem tudo a ver com os criptoativos por causa da blockchain, tecnologia que dá suporte para as moedas digitais. É essa tecnologia, que foi usada pela primeira vez com o Bitcoin (BTC), que dá o caráter descentralizado da Internet do futuro.
Pense na blockchain como um grande banco de dados compartilhado que registra as transações dos usuários. É como se fosse um sistema operacional rodando em diversos computadores espalhados pelo mundo. Dessa forma, todos os participantes (chamados de “nós”) podem ver e inserir dados, desde que sigam algumas regras pré-estabelecidas.
Nesse caso, a grande diferença para um programa tradicional é que a blockchain, em seu formato público, não é controlada por uma entidade. Além disso, seu sistema é imutável. Ou seja, a partir do momento que uma informação é registrada, não dá para alterá-la. Isso é possível por causa da forma como seu código foi criado, e dos algoritmos.
Por fim, vale ressaltar que aplicativos descentralizadas (dApps), finanças descentralizadas (DeFi), tokens não-fungíveis (NFTs), metaverso e criptomoedas rodam nesse novo sistema.
Próximos desafios da Web 3.0
De forma geral, os próximos passos da Web 3.0 são o aprimoramento da experiência do usuário, a crescente adoção de novos usuários e a ampliação da relevância de diferentes plataformas ligadas à essa realidade.
Nunca houve um momento de transformações tão rápidas quanto vivenciamos hoje. Além disso, existe muita gente empenhada em colher os benefícios dessa nova corrida do ouro na era digital.
Gostou desse conceito de Web 3? Quer saber mais sobre o assunto? Deixe seu co